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Um tributo a Christopher Lee

O eterno Saruman, o grande monstro das superproduções cinematográficas, Sir Christopher Frank Carandini Lee, deixou-nos órfãos de sua arte no dia 7 de junho de 2015.

Aos 93 anos, Christopher Lee deixou não só um legado, mas uma escola de quase 70 anos de atuação, com papéis memoráveis desde sua longa trajetória, que durou uma vida inteira.


Nascido em 27 de maio de 1922, Christopher começou a carreira sempre pendendo para a vilania, sendo por vezes considerado um dos melhores Draculas do século passado, senão o melhor deles (temos o Bela Lugosi de 1931, mas acho que o prêmio de melhor Dracula é do Sir Chris).

​​Porém como a maioria dos inícios não são fáceis. demorou até que Christopher Lee chegasse nesse rol de estrelas. Por ser muito alto, sofreu preconceito na academia cinematográfica e passou muito tempo tentando, de fato, atuar. Seu primeiro grande papel, depois de ter voltado da II Guerra Mundial, em que ficou de 1939 a 1946 de maneira voluntária, foi como Dracula em 1958. Neste filme, protagonizado por ele, foi que conseguiu se destacar, e daí partir para outras grandes produções.


Aparições pequenas, coadjuvantes ou não, Christopher se tornou uma referência viva para aqueles que estavam começando na carreira ou que já tinham consolidado um espaço nela, como Johnny Depp, que atuou um total de 5 vezes com ele ( A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Sombras da Noite, além de A Noiva-Cadáver e Alice no País das Maravilhas, nos quais Lee emprestou a voz a personagens). Depp, após saber da morte dele, assim como outras grandes celebridades que nutriam um grande respeito pelo ator, fez uma homenagem em suas redes sociais:

"Sir Christopher Lee, um homem maravilhoso. Um homem profundamente gentil, generoso, entusiasmado e fascinante. O cavalheiro perfeito. Ele foi uma inspiração tanto na vida quanto nas artes. No tempo que passamos juntos, eu tive a honra e a sorte de ser bem recebido à sua ilustre proximidade. Sua amizade é algo que irei sempre guardar com carinho em meu coração.

Ele foi o último de sua espécie. Um espécime raro. Hipnótico e dominante, tão nobre e galante quanto sábio. Uma mente brilhante com um belo coração, cuja força de espírito, por sua vez, continuará viva nos corações e mentes de muitas, muitas gerações que estão por vir. Meu eterno respeito, amor, admiração e gratidão ao meu querido amigo, sua família e sua amada Gitte, a mulher que ele adorava".

E não só no cinema, mas Christopher também emprestou sua voz a bandas como Rhapsody of Fire, e poemas como "The Raven", do Edgar Allan Poe. Sua voz marcante, misturada com a guitarra do metal progressivo, faz dele uma lenda em todos os sentidos.


S​​orte a nossa que pudemos presenciar uma carreira tão bonita e tão pontual quanto a de Christopher Lee, e o legado que fica é de um homem que, até seu último segundo, respirou arte e viveu um sonho. Que sua história fique marcada e ele seja conhecido como um ícone do cinema mundial.


Não era a intenção, mas casa muito bem. Esta música que Peter Jackson cantou encerra toda a cinematografia da Terra Média, o Último Adeus. Um adeus especial, Christopher Lee, e obrigada pelos anos de entretenimento de qualidade que o senhor nos proporcionou.

Aqui a letra, com a tradução.

Tatiana Trindade

Sagitariana, cozinheira, fotógrafa, empresária e de tudo um pouco. Tem 23 anos, mas ainda não sabe se casa ou compra uma bicicleta.

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