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AMY - O documentário

Vá com calma, você é muito importante. A vida te ensina a viver, se você viver o suficiente.

E essa frase, do Tony bennett, acaba resumindo o que de fato foi Amy Winehouse e toda a sua importância para o verdadeiro Jazz.


O documentário tem aquela coisa incrível de te conectar diretamente com a pessoa ou com a coisa da qual está sendo falada, e este, particularmente, é aquele típico documentário que explica direitinho o porquê de tudo ter acontecido como aconteceu, e porque o escape pelas drogas acabou sendo uma via natural para Amy. Aqui está a Amy de verdade, aquela menina ingênua, que gargalhava e que fazia caras e bocas quando estava com tédio. Aquela que tinha um talento natural, e que ficava sem jeito com a fama.


Não há surpresas, nem spoilers (pois todo mundo conhece a história dela), mas há muitas explicações: Amy tinha muitas pessoas que se importavam com ela, amigos de verdade, mas em quem ela mais depositava confiança era quem tinha um viés de interesse em cima de sua carreira e de sua fama, num geral. Eram as pessoas que transformavam o “não quero” por “não tem não querer”.


Problemas sérios negligenciados como bulimia e depressão, pessoas que ela nem conhecia falando da postura dela e a tornando uma piada pronta, gente de todo o mundo querendo saber da Amy. Mas não daquela garota autêntica, que tinha um relacionamento sério com a música e daqueles verdadeiros e não comerciais. Aquela que achava 50 mil pessoas um número absurdo de gente para se cantar. Queriam saber do fênomeno, da ganhadora do Grammy, da britânica bêbada e drogada e de seus escândalos.


Quem sabe se as pessoas respeitassem limites, não forçassem uma situação ou simplesmente ouvissem vontades, somente talvez Amy ainda nos contemplaria com sua voz única. “Eu só preciso que vocês me deixem em paz, e aí eu faço a minha música”. Um relacionamento abusivo e um pai interesseiro foram a receita para que Amy achasse a sua paz em outro plano.

A mídia acaba com quem não tem psicológico pra suportar essa invasão, e foi isso que acabou acontecendo com ela.


Tristezas à parte, o documentário é muito bem pensado e tem uma edição fantástica. Com gravações caseiras e depoimentos das pessoas que a cercavam, o espectador pode “viver” um pouco do que ela viveu, saber como se sentia e o que levou ela a certas atitudes. Recomendo fortemente que seja assistido.


5 estrelas!

Tatiana Trindade

Sagitariana, cozinheira, fotógrafa, empresária e de tudo um pouco. Tem 23 anos, mas ainda não sabe se casa ou compra uma bicicleta.

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