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#Resenha: Os homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larsson



Quando este livro foi lançado foi uma empolgação e um sucesso explosivo da trilogia Millenium em si. Sempre vejo essas empolgações com certa desconfiança, e desde que essa febre veio à tona, não me empolguei muito a ler. Entretanto, essa minha desconfiança não tinha razão de existir, visto que a literatura me surpreendeu de maneira bem positiva.


O livro se inicia com histórias paralelas. De um lado, Mikael Blomkwist, um jornalista de uma revista intitulada Millenium que foi acusado duramente de difamação e sentenciado a 3 meses de prisão por uma matéria caluniosa contra o industrial Hans-Erik-Wennerström. De outro, Lisbeth Sallander, uma garota problemática, com aspecto anoréxico, tatuagens e piecings pelo corpo e uma atitude antissocial, que trabalha para a Milton Security como investigadora freelancer. O que um jornalista bem sucedido que foi condenado e uma jovem com problemas têm em comum? E como essas duas vidas se veem entrelaçadas por um misterioso desaparecimento de uma jovem, que data de 1966? Todas essas lacunas e dúvidas são tiradas neste que é, além de uma leitura instigante, um livro muito bem escrito. Stieg Larsson soube como cativar o leitor, e nos faz discorrer, sem cansar, sobre 522 páginas de uma história fascinante.


Entramos na vida desses dois personagens que cativam logo no início, por suas personalidades distintas, mas muito bem estruturadas. Apesar de o livro cair, em algumas vezes, na repetição, e ter algumas passagens meio cansativas, o todo dele fez com que a leitura fosse cada vez mais necessária, para saber e descobrir todo o mistério. É por isso que é uma leitura relativamente rápida.


É fato que o desfecho deixou um pouco a desejar. Creio que o autor estava muito ansioso para entregar tudo, e o fez com uma avidez que me deixou com o pensamento de “por que ele fez isso?”. Mesmo que pudesse ser feito de outra forma, a história em si compensa. Estou ansiosa pelo segundo volume, e é uma pena que o autor tenha morrido em 2004, sem ver o sucesso mundial de sua obra inteligente e perspicaz (ao menos o primeiro volume, mas tenho certeza que os outros serão tão bons quanto este foi).


4 estrelas


P.S tentei fazer uma resenha baseada na falta de informação do leitor. Li algumas antes de chegar na parte do livro que descobrimos a história principal (que ocorre lá pela página 91 desta edição) e fiquei decepcionada, porque ainda não tinha chegado nessa parte e não sabia absolutamente nada da história (sim, não li nem a sinopse do filme!)


P.S 2 Essa trilogia era para ter 10 volumes, mas parou na terceira por causa do infarto do autor, que morreu com 50 anos. São eles: Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do Castelo de Ar.


P.S 3 Mikael Blonkwist tem um quê de Larsson, pois ambos são jornalistas, têm uma revista fundada por eles que denunciam nichos diferentes e estão (ao menos na época em que escreveu) na casa dos 40 anos.


P.S 4 O livro têm duas adaptações: a sueca e a americana, que ganhou o Oscar de Melhor Edição e Montagem em 2011. Ainda, tinha mais algumas indicações, como a atriz que interpreta Lisbeth, Rooney Mara. Dizem que o filme sueco é melhor. Abaixo, respectivamente, Estados Unidos e Suécia (Bem que podiam colocar uns atores mais sexys né... Cogitaram o Johnny Deep pra fazer o Mikael, eu apoiaria! Quanto à Lisbeth, gostei mais da sueca)

Tatiana Trindade

Sagitariana, cozinheira, fotógrafa, empresária e de tudo um pouco. Tem 23 anos, mas ainda não sabe se casa ou compra uma bicicleta.

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