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All Aboard! Turismo Cultural do Rio de Janeiro


E então, me vi rodeada de gente estranha. De novo. Já sabia mais ou menos como proceder desde o aeroporto, porque minha questão do coração tinha bebido muito na noite passada e não havia acordado cedo o suficiente para me buscar. Pessoa fica quatro meses falando que não vê a hora de me ver, morrendo de saudades, aí chega na porra do único dia que não deveria encher a cara de Gold Label e enche. Fazer o que né, homens. Já estava há 1000km de distância mesmo, não tinha muito o que fazer. Ele me ligou apavorado depois, querendo saber meu paradeiro, e aí o resto é história, com pedidos mil de desculpas. Bom, de qualquer forma, antes de ele sequer me atender depois de 20 ligações perdidas, comprei um cartão RioCard para me locomover com mais tranquilidade e estava lá, cheia de malas e pensando num plano. Sabia que o aeroporto Galeão ficava tipo numa ilha, longe de tudo, e a minha "viagem" de ônibus demoraria mais que a minha viagem de avião. Mas, tirando as lembranças de locomoção da viagem passada do fundo do baú, consegui chegar no terminal Alvorada e de lá, deu tudo certo depois, com alguns incidentes que contarei mais adiante.


O Rio de Janeiro não tem só praias. Sei que o ponto alto da cidade são elas, mas a grande maioria das pessoas esquece que ela tem 450 anos de história e que existe muito mais do que mar pra se ver. E nessa viagem eu consegui focar mais nessa parte arquitetôtica e histórica da cidade, conhecendo alguns locais que, talvez, não sejam tão comuns numa rota turística convencional. Sei que vai soar estranho, mas eu não fui no Pão de Açúcar e nem no Cristo Redentor. Ai meu Deus, pára tudo. Ela não visitou os pontos-chave que as revistas de turismo falam pra conhecer.

Não fui mesmo. E se quer saber, eu só iria no Pão de Açúcar porque acho legal. No Cristo o custo-benefício se prova um pouco mais inviável, porque eu prefiro ter experiências gastronômicas do que gastar um monte só pra tirar selfie com uma estátua. Mas fiz algumas outras coisas mais legais, e vou falar delas agora:


Um destino muito interessante, e que rende ótimas fotos! E o melhor: não paga nada pra entrar. É bem rapidinho, cê vai, olha, tira foto e vaza. Mas vale a pena conhecer pelo visual lindo e a aura que o ambiente tem. Quando você for, não dê uma de caipira e toque nas coisas, porque não pode. Mas ainda assim é um lugar maravilhoso que merece ser conhecido, ainda mais pra quem gosta de literatura; vai reconhecer alguns clássicos porretas do literatura portuguesa, como Os Lusíadas, por exemplo! O Pateta adorou :)

O Centro Cultural do Banco do Brasil, ou CCBB, conta com diversas exposições temporárias grandiosas. A que eu fui era sobre "Picasso e a modernidade Espanhola", mas soube que ainda neste ano eles vão receber uma exposição sobre a Pixar, então tem que sempre ficar ligado nas programações que mudam bastante ao longo do ano. Pra completar, lá dentro você encontra um labirinto de espelhos para complementar a exposição, simbolizando o labirinto do minotauro, que o artista tinha como um alterego seu, ou como forma de representação da duplicidade humana enquando besta, enquanto racional, e com formatos cubistas, para o visitante se perceber como uma pintura desse estilo. Demora um pouco pra ver todas as pinturas (ainda mais se você for como eu e ler explicação por explicação) e não pode fotografar a parte expositiva, só a estrutura do CCBB, então fiz alguns registros lá mesmo. Gostaria muito de ver a exposição da Pixar, mas gostei muito dessa também, então pra quem tiver um tempinho, confere lá que vale a pena. Não abre nas terças-feiras, tem um horário ótimo de visitação até às 21h e o melhor: não paga nada também! Além de exposição tem cinema, contação de história, mas tudo vocês encontram no site!

O Instituto é um local de pessoas com mais idade, digamos assim. É muito bonito o lugar, mas a exposição que estará lá até o final do ano interessa mais a essa faixa etária da terceira idade, que é "Rio: Primeiras poses". O acesso é um pouquinho complicado a pé, mas nas quartas-feiras não se paga nada pra visitá-lo, e aí vale a pena pra conhecer a estrutura. Se estiver por lá, aproveite pra visitar o planetário, que ficam relativamente próximos um do outro e dá pra matar dois coelhos numa cajadada só. Do planetário eu falarei em outra postagem, mas já aviso que vai ter Pateta de astronauta, e se reclamar ele vai estar na câmara de criogenia também. De novo, não pode fotografar a parte expositiva do Instituto, mas a parte externa rende muitas fotos bonitas!


O Rio é muito vasto e muito diverso, então aonde tem espaço pro Funk, tem espaço pro samba, pro novo, pro velho, pro culto, pros monstros à base de frango com batata doce na praia e pro Pateta: é só saber onde você se encaixa melhor e você se sente em casa em qualquer lugar que escolher.


Todas estas fotos estarão em tamanho maior num álbum específico lá no facebook, quando as postagens acabarem!

Até a próxima postagem! Comenta aí embaixo se você já foi em algum desses lugares e o que achou, ou se tem algum lugar preferido do Rio que eu ainda não falei! Ah, e pra quem tava acomanhando na page, eu postei essa foto antes das postagens, e ela foi tirada no Real Gabinete Português de Leitura! e as expostas acima são um mix dos locais. Os cafés foram no IMS, as duas luzes no CCBB e as duas restantes também no gabinete.

Tatiana Trindade

Sagitariana, cozinheira, fotógrafa, empresária e de tudo um pouco. Tem 23 anos, mas ainda não sabe se casa ou compra uma bicicleta.

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