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Procurando um sentido: uma reflexão sobre a vida.



Alguns seres humanos parecem não ter sido feitos para se relacionarem de maneira saudável, ou seja, sem conflitos. Talvez tudo o que haja são pedaços de almas em busca de um sentido. Em busca de algo conflitante que as faça se sentirem vivas, por terem uma existência restrita a certos hábitos monótonos. Hábitos estes que não geram adrenalina, não geram nada a não ser uma passagem apagada pela superfície terreste.

O que nos torna vivos não é a busca incessante da felicidade, nem conflitos que gerem adrenalina, mas apenas algo que nos tire do lugar-comum. Algo que nos faça ter arrepios nos pelos dos braços, algo que lembre um momento feliz. Uma música que te faça viajar pelo tempo, um tempero que te faça estar ao lado de quem você ama, mesmo sem a presença física dessa pessoa. Refletir sobre a vida e senti-la é a melhor forma de vivê-la ao máximo. E o que se vê, hoje, são almas vagando em corpos que não estão em sintonia com a vida. São pessoas vazias discutindo questões inúteis. Gente querendo argumentar quando a própria reflexão se perde no lapso temporal. Gente sem graça, sem vida, sem cor.

Por isso, não tenha medo de gritar, chorar, dançar, fazer drama ou rir até a barriga doer. Liberte-se, porque isso, meus caros, se chama vida. Não é pagar contas, viver de trabalho ou se matar estudando. Só se mate estudando se isso faz você viver, dando-te o prazer de ler aquilo que gosta, ou de saber um pouco mais sobre a profissão que você escolheu.

Cative pessoas, faça planos, viaje, sonhe, não tenha medo de errar. O mais errado é te recriminarem por achar que você é perfeito, quando nem a pessoa que recrimina o é. Não se rebaixe para ninguém, porque ninguém tem a vivência da sua própria vida, e ninguém sabe com que tipo de demônios interiores voce está lutando, e que tipo de batalha trava todos os dias em seu cérebro ou seu coração. Seja dono da própria existência e não se apague por ninguém, nem por nada. Seja vivo, apenas, e a sua vida estará valendo a pena a partir do momento que você escolher sentir. Não por algo, ou por alguém, mas por você próprio. Cheiros, sabores, texturas, crocâncias, carícias, toques, o vento batendo no rosto, num tempo fresco de outono, ou aquela chuva inesperada que cai em sua pele.

Talvez a felicidade que tanto procura está nesses pequenos montantes de alegria, que em sua totalidade, te fazem estar em paz consigo mesmo, e feliz. Verdadeiramente feliz. Existem picos de tristeza, mas para aprender a ser feliz, eles são necessários e portanto parte desse jogo que se chama viver. Não ignore a tristeza, ela é a chave para a porta aonde se encontra todos os elementos para que você ache o que te torna alegre. E vivo, sempre vivo, por dentro.

Tatiana Trindade

Sagitariana, cozinheira, fotógrafa, empresária e de tudo um pouco. Tem 23 anos, mas ainda não sabe se casa ou compra uma bicicleta.

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