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#Resenha - Nada dura para sempre, de Sidney Sheldon



Se existisse um ser humano metade máquina de escrever, metade homem, este com certeza seria Sidney Sheldon. Com 18 romances lançados ao longo de sua vida, entrelaçados com escritos de novelas, roteiros para Broadway e filmes, pode-se dizer, com certeza, que Sidney Sheldon é o escritor mais traduzido do mundo todo (não fui eu que disse, foi o Guiness Book).


Contudo, não posso deixar de confessar que este é meu primeiro contato com o autor, que muito negligenciei na minha estante. Nunca me interessei ao ponto de pegar um livro para ler, mas numa das postagens sobre o Rio de Janeiro, que você pode acessar aqui, foi a decisão final de: é dessa vez que eu vou ler esse escritor maravilhoso.


Nada dura para sempre conta a história de três médicas residentes: Paige, Honey e Kat. Paige é uma loira esguia e com traços refinados, Honey é também loira, com um toque mais meigo e suave, e Kat, uma negra de classe e postura profissionais exemplares. Elas se conhecem no ano em que ingressam no Hospital Embarcadero, de San Francisco. Mas o que Sidney Sheldon já nos deixa curiosos é: Porque conhecemos Paige num tribunal, 5 anos depois, com todas as provas concretas indicando que ela matara um de seus pacientes?

(A capa das médicas retrata bem a fisionomia que Sidney Sheldon quis passar ao leitor, mas tira um pouco da nossa imaginação)


Sidney Sheldon deixa o leitor com uma "pulga atrás da orelha" logo no início, fazendo ele apressar a leitura para descobrir o que acontece no fim. É claro, com essa premissa, e com o início do livro, algumas coisas já ficam claras, e isso em parte acaba um pouco com a graça do livro. Os timings dele também são pouco trabalhados, porque os tempos correm demais, e em algumas partes, em que deveria ser um pouco mais rápido, acaba por demasiado arrastado, tornando a leitura um pouco cansativa. Além disso, o 13º livro de Sidney Sheldon traz algumas passagens interessantes. Em 1994 a problematização do preconceito racial e do preconceito contra a mulher ainda era bem fraco, se comparado à nossa época, e mesmo assim o autor tenta trazer isso como um problema para suas personagens: as médicas, desde o início, sofriam um preconceito atroz por serem mulheres, e Kat, ainda mais, por ser negra. Ainda em se tratando dos personagens, são eles bastante cativantes e fazem com que a leitura seja mais tranquila e fluida, para que possamos saber o desfecho da trama. É um livro para conferir, mas não darei 5 estrelas porque tenho certeza que existe algum livro dele que seja absurdamente melhor do que esse, então vou esperar. De resto, fica a dica para que, se nunca leu Sidney Sheldon, para fazer isso imediatamente! :)


Darei 4 estrelas para ele!



DICA DA TIA TATI: PELO AMOR DE DEUS! Não vá querer saber mais do livro pelo Wikipedia. Lá tem toda a história resumida, é sem graça e você vai ficar olhando com cara de "por que eu não segui esse conselho?". Vai por mim, se quer surpresa, apenas leia o livro. Não procure resenhas nem nada do tipo, ok? Ok.


P.S: Infelizmente o Tio Sid não está no livro 501 Grandes escritores e, devo confessar, achei uma injustiça e um desrespeito, tanto pelo autor, quanto pelo legado que ele deixou.

Tatiana Trindade

Sagitariana, cozinheira, fotógrafa, empresária e de tudo um pouco. Tem 23 anos, mas ainda não sabe se casa ou compra uma bicicleta.

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